quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Primeiros passos



Simplificando, podemos afirmar que existem duas formas de conhecimento. Uns se obtêm e são constituídos apenas de experiência prática, enquanto outros se desenvolvem ao ponto de serem sistematizados e organizados em forma de uma teoria. Mas, não há conhecimento congênito, como aquelas doenças que nascem com a pessoa, não há conhecimento inerente ao simples existir.
Uma criança nasce e não precisa ir à escola para aprender a andar, apenas com sua própria experiência e instinto alcançará o objetivo. Por outro lado, se quiser aprender química, o melhor lugar será (ou deveria ser) a escola. Lá, com profissionais especializados em ensinar química deverá assimilar tais conhecimentos, átomos, moléculas, reagentes, reações...
Contudo, há certas produções humanas que estão organizadas no plano teórico e não as encontramos nem sendo ensinadas e, pior, nem sendo praticadas nas escolas. Por exemplo, a Democracia. Ela é uma construção do gênero humano, não existe por si só, solta na natureza para ser apreendida, examinada, assimilada e aplicada às nossas necessidades.
Nosso país é jovem e a conhece há pouco tempo, o quê nos dificulta sua aprendizagem. Tivemos gerações e gerações que não a conheceram de modo prático e em número menor ainda aqueles que a estudaram pelo aspecto teórico. Aqui, num estado no qual aproximadamente metade da população vive abaixo da linha da pobreza e até pouco tempo 30% era analfabeta, essa situação se agrava. A inserção da Democracia nas escolas é uma meta.
Dessa forma, as escolas alagoanas sofrem, pois se torna quase impossível a conformação dos Conselhos Escolares, os quais têm como tarefas o planejamento e a fiscalização da gestão escolar. Eles são o corolário da democracia na escola, a essência da Gestão Democrática e, infelizmente, seu nível de organização reflete o nível de democracia existente.
Assim, parafraseando Cecília Meireles podemos infantilmente dizer que, por enquanto, a Democracia é
“essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda”

Um comentário:

Fernando SC Pimentel disse...

Parabéns pelo blog!Divulgue a matemática com o uso da TIC.

Um abraço,
Fernando Pimentel