sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Desgoverno Alagoano: um desafio à língua e ao futuro


Uma vez que o governo ou desgoverno alagoano, como queiram, é muito ligado, diria estreitamente ligado aos interesses das empresas privadas... ele me lembra duas propagandas que fizeram muito sucesso em anos passados. Uma do refrigerante Teem que dizia “provoque a sua sede” e outra do Gelol “não basta ser pai tem que participar”. Assim, este desgoverno nos “provoca” até às últimas consequências e nos mostra que para ele “nada basta”.

Esse desgoverno é um desafio ao nosso vocabulário, faltam adjetivos para denominá-lo, por mais palavras que usemos sempre faltam pejorativos! Não serve nem dizer que “chegamos ao fundo do poço”, porque parece que esse desgoverno faz questão de cavar e ir além do fundo do poço! O poço para esse pessoal do PSDB/DEM/PPS é infindável...

Parafraseando o jargão de Caco Antibes, personagem do extinto programa da Rede Globo, Sai de Baixo (PSDB=Partido do Sai De Baixo?), “Não basta ser pobre...”  parece que “não basta ser ruim, tem de ser pior ainda”!

A cada novo índice ou estatística sobre a economia, educação, segurança, saúde... o desgoverno nos “surpreende” com sua inoperância, inaptidão, descontrole e ineficácia de seus planos e projetos...

Eles conseguiram proezas inimagináveis! Demoraram seis anos para descobrir que havia muitas escolas que eram escombros e então decretar “emergência” na educação, ou como disse o inepto secretário de educação, Sr. Adriano Soares “a educação alagoana está falida”. Entretanto, isto não lhes bastava, precisavam fazer pior como diz a música dos Titãs “eu não vou fazer igual eu vou fazer pior”. A grandiosidade tucana em terras caetés... iniciariam reformas nas escolas que deveriam durar três meses, sem licitação, e as obras em boa parte dos casos chegaram a quase um ano, deixando cerca de 10 mil estudantes sem aulas. Não era suficiente ser o pior índice no IDEB, era preciso atrasar o calendário deixando estudantes por meses sem aulas! Reformas, diga-se de passagem muito “maquiadoras”. Como assim? Em alguns casos, lavam-se as telhas e repõem-se as mesmas cobrando como novas! Troca-se parte do madeirame, outra parte, não; e cobra-se todas as madeiras como novas! O projeto prevê construção de “laje” como forro para o telhado, mas não se o efetiva! Que se verifiquem estas reformas!

Mas, não fizeram/deixaram de fazer apenas na educação. Em 2010 ocorreram enchetes que destruiram milhares de casas. O dinheiro do governo federal chegou e, advinhem?... Eis que depois de dois anos constatou-se que apenas 10% das casas estavam reconstruídas!

Alagoas também é recordista no número de assassinatos, mas isso não lhes bastava. Era necessário fazer também com que os médicos legistas se indispusessem com as condições de trabalho. Resultado, nem o IML funciona. Injustiça aqui é pouca, prenderam o presidente do sindicato dos médicos. Um deles tem a firmeza de afirmar: “Quem deveria ser preso era o governador!”

Não lhes bastava que Alagoas tivesse a maior mortalidade infantil, foi preciso que a única maternidade de Maceió para casos de risco entrasse em colapso, foi o que aconteceu com a Santa Mônica. Mais greve, mais denúncias dos trabalhadores.

A mídia tem tratado a AP 470 como o maior escândalo de corrupção no país, seriam cerca de 55 milhões de reais no esquema do dito “mensalão”. Em Alagoas, sumiram cerca de 300 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa e o Sr. Gilmar Mendes disse que o judiciário alagoano não poderia cassar o mandato dos deputados envolvidos. Eram 14 no total de 27. Como 13 poderiam punir os outros 14? Assim, em Alagoas se comprova de que nada pode ser tão ruim que não possa ficar pior. Em Alagoas, os usineiros dão provas de que o capitalismo é melhor do que o feudalismo. Aqui vivem do sobrenome, das posses de terras, das amizades, do apadrinhamento. Aqui mandam os coronéis e nada consegue ser pior. Se aparecer concorrente, eles batem ou abatem como comprovam os crimes não resolvidos que chegam a absurdos 95%!

Em resumo, pode-se dizer que o povo alagoano sofre para nascer, viver e até para morrer se torna difícil! Seria necessário uma intervenção federal aqui, se aqui não é realizada intervenção em lugar algum será feita, porque aqui nada basta ser ruim tem de ser pior! Contudo, não é à toa que Alagoas teve os dois primeiros presidentes do país, Pontes de Miranda, Graciliano Ramos, Aurélio Buarque de Holanda, Ledo Ivo, Djavan, Cacá Diégues, Hermeto Pascoal entre outros. Em ato público, com a presença de quatro ministros do governo Dilma, oS estudantes vinculados à UJS, UNE e UBES puxaram estrepitosas vaias ao comandante do desgoverno. O governador pagou mico, passou vergonha, mas se não basta esse ato de desaprovação ele que tenha coragem e apareça nos programas eleitorais do seu candidato, Rui Palmeira...

Afinal, “nada lhes basta”, então, faça mais Sr. Governador, dê as caras! O seu governo é tão ruim e inominável que será um grande desafio ao futuro que se estabeleça em Alagoas algo pior!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Um Governo reprovado em Português e Matemática

Muito conhecida é a frase da propaganda nazista de que uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade. Parece que o Governo do Estado de Alagoas também acredita nessa assertiva.

Hoje no Jornal da TV Gazeta, ao meio-dia, esteve presente o Secretário da Educação Adriano Soares. Foi uma lástima, para ser educado e dizer o mínimo. Disse o Secretário que “vai ser feito um planejamento para que em cinco anos se normalize o calendário de aulas”. Quanto às reformas nas escolas (sem licitação), a matemática do Secretário se mostrou um tanto quanto “confusa”, digamos assim. Segundo ele, das 163 escolas em reforma “a maioria já está pronta, cerca de 70, e mais 10 ficarão prontas nos próximos dias”. Como é?

Isso mesmo! Ele afirmou que 70 mais 10 são “mais da metade” de 163! Não é que eu queira ser perfeccionista, mas estes números passam uma forte impressão de querer mostrar que “está tudo bem”. Pois, depois o repórter questionou, dando a entender que as contas não batiam e, percebendo sua falha, o Secretário volta atrás nos números e diz que são “cerca de 85 escolas”. Nitidamente querendo suplantar a “metade de 163”, visto que não disse o quê as “85” estariam corrigindo, as “70” ou as “70+10”, isto porque o que lhe importava era “passar da metade”. Ficou semelhante à situação de alunos que, com uma nota pouco abaixo da média, voltam ao birô do professor questionando “o Sr. não poderia considerar isso aqui como ‘meio-certo’?”

Desse modo, depois de seis anos e ainda querendo “fazer um planejamento para normalizar o calendário dentro de mais cinco anos” e dando voltas, falseando números, o Governo do Estado pretende convencer a sociedade de que “o governo faz” algo! Isso meus amigos é querer iludir o povo alagoano! Uma tentativa desesperada para “não ser reprovado”!

O problema para o Governo do Estado de Alagoas é que por mais que se repita a mentira, “a dor ensina a gemer”. Os alagoanos estão sofrendo a inoperância desse desgoverno e saberão em 2014 dar a resposta correta, sem errar nas contas nem esperando pela concretização de verbos que vivem no futuro para medidas precisariam ter sido tomadas no passado.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Por Um Governo de Verdade!

Não é possível a continuidade desse desgoverno! É preciso UM GOVERNO de VERDADE!
#ForaTéo !!!!!!!!!!!
http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoListaSignatarios.aspx?pi=INSEGURA

Minha amiga Cláudia Petuba, camarada de Partido, e eu na 1a. reunião do #NovasIdeiasParaMaceió, em 24 de junho.

Que este governo descanse em paz!

Normalmente, ser coerente é uma virtude. Como a vida é dialética, há exceções. Existem situações em que a coerência é perniciosa, maléfica. O atual governo do estado de Alagoas é extremamente coerente.
Aqui há problemas para nascer com maternidade inaugurada, a qual não pode usada por falta de profissionais. A taxa de mortalidade de recém-nascidos, apesar da queda, ainda está entre as maiores do país.
Na educação pública, a Secretaria demorou seis anos para descobrir que as escolas estaduais estavam em situação de emergência. Contratou empresas sem licitação para reformá-las, com previsão de entrega para março. O mês de junho está para terminar e cerca de 40% das escolas permanece sem aulas. Direções de escolas, democraticamente eleitas, que cobram soluções do governo foram e são afastadas, ou sem processos, ou com processos de origens duvidosas (para não dizer processos manipulados, criados de formas escusas). Conselhos Escolares são dissolvidos sem maiores motivos. O Programa Geração Saber que por volta de 2008 recebeu do Governo Federal cerca de 350 milhões até hoje não apareceu, não saiu do papel, ao menos que se tenha algo visível, palpável. Todas as verbas que chegam às escolas estaduais vêm do Governo Federal, seja para merenda, material escolar ou de escritório, limpeza ou reforma. Não há um centavo sequer gasto/investido pelo governo estadual.
Na segurança pública, Maceió é a capital mais violenta do país. No mundo, ela carrega o nada honroso título da 3ª posição no mesmo quesito. A cada ocorrência o governador corre à Brasília para pedir ajuda da Força Nacional e mais verbas ao Governo Federal. No início da atual gestão eram 8000 policiais, hoje são 6000. A propaganda governamental repete tresloucadamente sobre um programa de recuperação de dependentes químicos, mas o que se vê nas ruas é a crescente influência do tráfico de drogas nas vidas e nas mortes da juventude alagoana.
Para as cidades que sofreram devastações por conta das chuvas há dois anos, o Estado recebeu verbas do Governo Federal e hoje se tem apenas 10% das casas reconstruídas. Nesse ritmo serão necessários mais 18 anos.
No caso do IML, em destaque nos últimos dias, aconteceu o mesmo que nas escolas. Foram necessários seis anos para descobrir as carências e vicissitudes do órgão. Desse modo também será feita uma reforma, sem licitação mais uma vez, e monotonamente esperar-se-á pela conclusão dos trabalhos.
Em resumo, no serviço público estadual alagoano e na vida dos alagoanos não existe uma atitude séria sequer por parte do governo estadual. Não ocorrem concursos públicos nem investimentos estaduais, visto que a compreensão econômica neoliberal assumida pelo governo Teotônio Filho/Nonô (PSDB/DEM) é que tudo deve ser resolvido pelas empresas privadas. Assim, em várias áreas como educação, segurança e até planejamento são contratadas empresas de consultoria, como de costume, sem licitação. Desse modo, pode-se perceber a coerência do governo do Estado de Alagoas, a coerência da morte. Segundo este, o povo alagoano deve ter dificuldades para nascer, viver, morrer e descansar em paz e as empresas privadas devem lucrar muito!
Se Nietzsche anunciou “Deus está morto!”, o povo alagoano pode dizer: O governo está morto, o desgoverno está bem vivo!

Carlos Eduardo Müller, prof. de Matemática, mestre em Educação/UFAL

PS: Sobre desenvolvimento econômico aboradaremos em outro texto específico, aliás últimas notícias informam que o Estaleiro está com dificuldades de se instalar, que era a "grande" aposta dos atuais gerenciadores da máquina pública alagoana.

(texto revisto em 27/06/2012, às 0:19)