
Na economia
acontece algo semelhante. Quando se tem crescimento e desenvolvimento há quem
diga que estes decorreram do empreendedorismo e da astúcia dos donos do
capital, dos empresários. Nesse discurso, o aumento salarial de seus empregados
– os trabalhadores – é inviável, pois causaria inflação. É o caso do Brasil
atual. Por outro lado, quando há crise e recessão, a solução é o “ajuste
fiscal”. Em outras palavras, é preciso que os governos contenham os gastos na
educação, na saúde e no atendimento à população em geral. Simultaneamente, os acólitos
do capital sugerem que tais governos precisam arrecadar mais. É o caso presente
da Grécia, Espanha, Portugal e Itália, ou como disse o economista Luis Paulo
Rosemberg em entrevista no canal 40 da Sky, “os países da azeitona”. Contudo, a angariação de
recursos não deve advir do aumento de impostos dos mais ricos, mas sim na contribuição
dos trabalhadores, do sistema previdenciário por exemplo. A proposta recorrente
é sempre o aumento do tempo de contribuição para aposentadoria.

Por que não se
pode aumentar a faixa de contribuição das empresas para a previdência? Por que
os benefícios do desenvolvimento da medicina e ampliação da vida
não podem ser usufruídos na forma de mais tempo livre ao trabalhador, ainda que
na forma de aposentadoria?
Porque nesse jogo, no Capitalismo, os trabalhadores estão e estarão sempre fadados a sofrer mais gols do que marcar! O ataque desse time estará sempre em impedimento. Parece restar só uma solução: mudar esse jogo, trocar árbitro e auxiliares!
Um comentário:
POstei no FB, meu velho...ficou bom o seu texto...abraço!
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