Aldo Rebelo: "é preciso democracia, justiça social, soberania, um país forte e desenvolvido e ... hoje, o centro dessa questão é a questão nacional"
(relato de Selma Moreira Villela Nunes)
Aldo Rebelo saudou a Conferência realizada pelo PCdoB-AL e
destacou o fato de o PCdoB ser um partido que luta pelo socialismo,
citando os avanços que em pouco tempo se tornaram realidade para as
populações com a revolução na União Soviética, com a revolução chinesa.
Afirmou que o socialismo também sofreu derrotas, a mais grave delas o
fim da URSS que era um colosso com influência em todo o mundo e
desapareceu na noite para o dia, retalhada.
Com isso, afirma Aldo, os EUA surgiram como se vê hoje, uma potência
agressiva, manipulando bandeiras caras à humanidade – direitos humanos,
democracia e defesa do meio ambiente – em defesa de seus interesses, da
garantia dos recursos minerais exigidos pelos processos industriais das
grandes potências. Da mesma forma, no meio ambiente, transformar países
em reservas de recursos naturais, usando da ação de organizações não
governamentais.
Destacou que a queda da URSS causou confusão e foi lida como o fracasso
do socialismo e bandeiras simpáticas, como o ambientalismo, serviram
como rota de fuga para a juventude e setores da esquerda. Afirmou que um
partido como o nosso exige uma grande responsabilidade de seus
dirigentes, para não engrossar a fileira dos desiludidos, não deixando
que se retire dessa luta a energia vital da juventude e de diversos
setores da sociedade.
Falou ainda da grave crise econômica que vive o mundo, da ofensiva nos
países da Europa contra os imigrantes, das guerras, como agora a
partilha da Líbia, e os ataques às populações, com a morte sob os
bombardeios e a sequelas, como no Vietnã em que até hoje nascem crianças
com deformidades causadas pelo agente laranja que envenenou o solo onde
se cultiva o arroz.
Afirmou que os EUA ainda são a maior potência econômica do mundo, onde o
sistema financeiro recebeu bilhões de dólares do governo mas a crise
continua enquanto os bancos hoje apresentam grandes lucros. Falou das
revoltas nos países ricos, na Europa, cada vez mais parecidos conosco
nas desigualdades. Afirmou: “Essa é a realidade da qual somos
contemporâneos. Precisamos compreender qual é o caminho que o Brasil
precisa trilhar para se tornar um país desenvolvido, independente”.
Destacou que o Brasil se desenvolve ou as bandeiras sociais não se
sustentam, porque para fazer frente à situação na saúde, educação,
segurança etc., são necessários recursos.
Considera que é indispensável a união das forças políticas, dispersas em
vários movimentos, cada um lutando por suas bandeiras. Afirmou que é
preciso democracia, justiça social, soberania, um país forte e
desenvolvido e que hoje, o centro dessa questão é a questão nacional: ou
o Brasil se torna uma potência desenvolvida nos mais diversos campos ou
será uma nação irrelevante, secundária, e que o Brasil precisa ser essa
potência para ajudar a tornar o mundo melhor, que a América do Sul
precisa de um Brasil forte e desenvolvido. Acrescentou que temos
responsabilidades que outros países não têm, fronteiras com dez países,
200 milhões de habitantes, uma reponsabilidade irrenunciável frente ao
mundo e ao continente. E que temos a responsabilidade de unir as forças
capazes de conduzir essas transformações.
Aldo Rebelo concluiu afirmando que é preciso travar uma batalha de
ideias para dotar o povo, nossa juventude, dessa consciência, que nenhum
movimento ou região do país irá resolver isso sozinho, que é preciso o
esforço e o concurso de todos, porque não há atalho para o Brasil
superar as dificuldades em busca de seu pleno desenvolvimento. Conclamou
que não nos deixemos confundir ou intimidar, contribuir para a
sustentação do governo Dilma, trabalhando para que ela faça um bom
governo, amplie as conquistas mas com consciência crítica de suas
limitações.
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